domingo, 18 de dezembro de 2011

REFLEXÃO SOBRE NOSSA DÉCADA.



Um dia me perguntaram porque os editoriais de moda colocavam tantas informações numa produção só, roupa sobre roupa, as famosas sobreposições tão em voga, expliquei dos editoriais; mas algo ficou martelando minha mente e queria uma resposta mais coerente além de um simples apelo comercial e visual. Esta forma de montar uma produção de sobreposições não começou em editoriais, mais uma vez veio das ruas, já vmos várias e várias pessoas em blogs de street com produções 'cebola" e a muito tempo! Percebi que ela representa muito bem nossa década, a década marcada pelo consumo em todos os cantos do mundo, a facilidade de compra e oferta de originais a falsificados, do caro e diferenciado ao fast fashion. Pense bem, o ano tem 365 dias e podem ter certeza que muitos tem produções inéditas para o dobro de dias, mas a moda é efêmera e se não usar, se perderá, daí a necessidade de produções cheias de sobreposições....A onda minimal tá vindo na contramão...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Fonte: Afonso Post


Neste sábado acontecerá o lançamento do livro História da Moda no Brasil, de autoria de Joâo Braga e Luis André, no MAMM, às 17 horas. Os autores falarão sobre a obra e depois haverá um coquetel e os autógrafos.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Black Swan e Funny Face




Ok, todos já falaram deste filme, mas tenho de comentar que me encantei pela atuação de Natalie Portman. A famosa busca da perfeição foi exaustivamente discutida como o ponto chave da trama. Ao me deparar com a primeira cena de Natalie Portman com Vincent Cassel me veio de imediato as personagens de Audrey Hepburn e Fred Astaire no Filme 'Funny Face'. Ambos falam da temática psicológica, de dominação e transformação de personalidade ou até a potencialidade das personagens; assim como Fred convence uma bibliotecária vislumbrar e se identificar com o mundo frívolo e fútil das revistas femininas e da moda nos anos 1950, a personagem de vin Cassel trabalha a insegurança~da personagem de Natalie, busacando a mulher escondida na menina bailarina. Funny Face um final feliz bem de acordo com sua época; Black Swan trágico bem como sua época. O figurino de Vin Cassel bemmmm próximo ao de Fred Asteire e eles estão super parecidos, claro que é proposital, um homem impecável que manipula e ao mesmo tempo envolvente. Natalie com suas roupas sempre de cor rosinha com quarto rosinha e bichinhos de pelúcia (confesso que a ambientação do quarto foi literal demais, pecou) e no final vai inserindo o preto à medida que ela vai se transformando e buscando o outro cisne, o negro em si. Assista Funny FAce e Black Swan, dois filmes que falam da manipulação psicológica de forma e resultados difeferentes e percebam os figurinos.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Roupa objeto

Roupa objeto foi a proposta deste trabalho realizado pelas alunas de modelagem III. Teria de ser em moleton, moletinho ou plush, tal roupa teria outra função além de vestir ou ter como inspiração qualquer objeto que lhes chamasse a atenção. A modelagem é matemática, cálculo, a arquitetura da roupa mas também é experimentação, criatividade, interferência e é lúdica.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Desdobrar o tempo.

Lendo um um post no blog Bainha de Fita Crepe, onde se questionava o excesso de informação fácil e superficial neste mundo em que estamos conectados agora, e sob a triagem que seria bom ser feita por cada leitor, e que por justamente se precisar desta triagem se perderia muito tempo, este que é um artigo em extinção, me fez refletir sobre os novos rumos da nova roupa apresentada. O que realmente poderia ser o diferencial neste tempo onde o tempo é escasso, ao mesmo tempo artigo de luxo e ainda relacionado a afazeres que demandam tempo?
Vendo os designers contemporâneos que mais se destacam, estão aqueles que demandam tempo em suas criações, nas pesquisas e na feitura. Quanto mais detalhado, mais elaborado, mais minucioso e mais demorado for o processo, mais instigante e mais contundente é o impacto no consumidor, ou apreciador. Isso talvez seja justamente pela incapacidade da maioria de se ater e reter a algo que requeira tempo e dedicação. Antes pensava-se e ainda pensa 'como não pensei nisso antes?', diante de algo criativo; hoje pensa-se 'como consegue fazer isso?' de tão detalhista e primoroso é o trabalho. Sempre nos espelhamos naquilo que não somos capazes. O que nos falta nos completa.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Novos olhares para o corpo

Ao corpo cabe a obrigação de ser jovem, magro, sem estrias e celulite, esta imposição é muito mais avassaladora para a imagem da mulher, e todas vão assimilando sem questionamentos e disseminando este bullying sem pensar que estão contribuindo para desajustes psíquicos que levam a total rejeição resultando em várias consequências. Tal pensamento, pré conceito ou conceito é disseminado sem o mínimo de questionamento. O olhar viciado refuta volumes e texturas que este mesmo olhar vê beleza em outros suportes.
Vamos fazer um paralelo:
As rugas são deletedas e inaceitáveis , mas um lindo drapeado é maravilhoso.
Celulite é abominável mas roupas com texturas e o capitonê são encantadores.
Gorduras ou gordurinhas, um horror, mas uma saia balonê, um volume exagerado nas roupas, os acolchoados nos coletes bomber, são uma graça.
Liberte seu olhar que verás muito mais poesia.

Novos olhares para a Moda

Espero que a visão do profissional da moda seja ampla e irrestrita, saia de seu universo fechado onde o diálogo se resuma a releituras e releituras. Digo isso, pois, percebo que muitos continuam pensando que falar e saber do assunto resume-se em citar estilistas e reedições de décadas. Pensar moda e fazê-la é mais que isso, não acredito no penso logo existo tão banalizado, vamos pensar sim, uma novo olhar para o que está a nossa volta, o que isso pode representar dentro de uma contexto resultando numa outra realidade, sob olhar crítico e aguçado de quem cria. Não esperamos que a moda alcance status de arte mas esperamos que o seu feitor tenha e traga novas posturas e discurso coerentes; vamos parar com os vícios de linguagem, palavrinas momentâneas, pois a cada seis meses tudo muda. Saber mais do mundo em que habita é primordial. Saber mesclar a moda com arte, filosofia, história, literatura, antropologia, e ainda perceber o hoje, é fundamental para sair deste marasmo que se encontra o famoso mundinho. Procurar por esta profisssão pensando que é somente desenhar e trocar a gola daquele modelo que você tanto gostou é muito medíocre. Qualquer carreira escolhida ´e sabido o tanto que se tem de estudar e reciclar, o curso da Moda não é diferente.